CARCINOMA HEPATOCELULAR

7. novembro, 2015|Casos Clínicos|Comentários desativados em CARCINOMA HEPATOCELULAR

RELATO DE CASO

 

Foi atendido no CENTRO MÉDICO VETERINÁRIO LIFE VET, um cão de 11 anos, fêmea, Buldog Francês,onde o proprietário relatou tristesa, apatia, anorexia.

Ao exame clínico foram constatadas mucosas hipocoradas, sensibilidade abdominal a palpação.

Foram solicitados exames bioquímicos, hemograma, ultrasonografia.

Na ultrassonografia, hepatomegalia, órgão de ecogenicidade elevada com áreas nodulares, sugerindo neoplasia. No baço moderada esplenomegalia. No rim direito, presença de nódulos.

Por meio de punção e biopsia aspirativa guiada por ultra som, foi realizada a coleta de

material para exame citológico do nódulo hepático e renal.

No histopatológico foi diagnosticada carcinoma hepatocelular.

Na biópsia aspirativa do rim não foi possível concluir o diagnóstico.

Foi realizado exame tomográfico para avaliação geral do abdômen, novos exames bioquímicos, hemograma, tempo de coagulação e o animal foi submentido a intervenção cirúrgica com a retirada do lobo hepático e do rim direito

Carcinoma de Células Escamosas em Cães e Gatos

27. outubro, 2015|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em Carcinoma de Células Escamosas em Cães e Gatos

RELATO DE CASO

 

Foi atendido no CENTRO MÉDICO VETERINÁRIO LIFE VET, um animal da espécie felina, com 13 anos, fêmea, raça persa,com aumento de volume em mandíbula ramo direito, apresentado apatia, anorexia, emagrecimento e dor no local. Ao exame clínico foram constatados aumento de volume na região de mandíbula e nódulos na gengiva.

Foram solicitados exames bioquímicos, hemograma, Rx e tomografia.

Na Tomografia foi encontrada formação em tecidos moles, de densidade mista e com ,presença de áreas de mineralização em permeio, realce heterogêneo ao meio de contraste, limites parcialmente definidos, localizada na face lingual do corpo mandibular direito, promovendo lise óssea e discreta reação proliferativa do mesmo. Tal formação estende-se desde a raiz do canino inferior direito até o terço caudal do corpo mandibular correspondente medindo aproximadamente 3,6 cm X 1,8 cm x 1,0 cm em seus maiores eixos.

Reabsorção – lise do terceiro e quarto premolares inferiores direito.

Por meio de punção aspirativa com agulha fina foi realizada a citologia do ramo da mandíbula direita sendo encontrados achados compatíveis com neoplasia de origem epitelial: carcinoma de células escamosas associado à inflamação séptica.

Após exames complementares o animal foi submetido á mandibulectomia do ramo direito.

A mandíbula após retirada foi enviada para biópsia como resultado:

 

Avaliação Microscópica

 

A) A análise microscópica do fragmento de formação mandibular revela múltiplos ninhos trabeculares sólidos com alta celularidade, composto de células neoplásicas epiteliais escamosas, por vezes contendo queratinização central.

As células apresentam moderado pleomorfismo celular com discretas anisocitose e anisocariose. Possuem abundante citoplasma eosinofílico, com limites definidos, quando com aspecto acantolítico. Os núcleos são redondos a poligonais, basofílicos, com aspecto granular e exibindo um ou dois nucléolos evidentes. O índice mitótico é elevado com figuras de mitoses atípicas. As margens cirúrgicas de partes moles apresentam-se livres de células neoplásicas.

Após o processo de descalcificação verificam-se múltiplos focos de invasão ao tecido ósseo e medular por parte das células neoplásicas, com sequestro ósseo e moderada reação periostal.

B) A análise microscópica do fragmento de glândula salivar revela estrutura morfológica preservada e livre de alterações patológicas dignas de nota.

C) A análise microscópica do fragmento de linfonodo revela estrutura morfológica preservada e livre de alterações patológicas dignas de nota.

 

Diagnóstico

 

A) Mandíbula: quadro morfológico compatível com Carcinoma de células escamosas.

B) Glândula salivar: quadro morfológico livre de alterações patológicas apreciáveis.

C) Linfonodo: quadro morfológico livre de alterações patológicas apreciáveis.

 

2015-09-28 14.08.172015-09-28 14.08.192015-09-28 14.29.322015-09-28 14.29.352015-09-28 14.39.192015-09-28 14.40.382015-09-28 14.44.472015-09-28 14.44.482015-09-28 14.44.502015-09-28 14.49.192015-09-28 14.49.212015-09-28 14.49.352015-09-28 14.50.162015-09-28 15.00.56

Carcinoma de Células Escamosas em Cães e Gatos

26. outubro, 2015|Patologias|Comentários desativados em Carcinoma de Células Escamosas em Cães e Gatos

DEFINIÇÃO

 

Os carcinomas de Células Escamosas representam a segunda ou terceira neoplasia orofaríngea. Eles podem apresentar-se como massas sésseis, carnosas e friáveis ou, mais comumente, como lesões progressivamente infiltrativas e ulcerativas (geralmente invadindo osso). Linfadenopatia regional é comum apesar de frequentemente ser provocada por hiperplasia, e não por doença metastática. O comportamento biológico desses tumores é dependente da localização. A maioria dos tumores na parte rostral da cavidade orofaríngea é localmente invasiva e apresenta baixo potencial metastático, ao passo que a maioria dos tumores na parte caudal da cavidade orofaríngea (ex: tonsilas, base da língua, palato mole,faringe) apresenta comportamentos infiltrativo e metastático extremamente rápido. (NELSON;COUTO).

   

ETIOLOGIA e FISIOPATOLOGIA

 

A etiologia desses tumores é desconhecida, embora haja citações da importância de fatores relacionados ao hospedeiro e ao ambiente (FERREIRA et al., 2006). Os principais fatores de desenvolvimento do CCE seriam: (SCOTT e MILLER, 2001):

– Radiação ultravioleta;

– Metal pesado arsênio;

– Hidrocarbonos policíclicos aromáticos;

– Papilomavírus;

– Tabaco;

– Falta ou perda de pigmentos;

– Falta ou perda de pelos;

– Genodermatoses;

– Úlceras crônicas;

– Cicatrizes;

– Preexistência de dermatites crônicas;

– Imunossupressão.

Há pouca dúvida de que a exposição de longo prazo de radiação actínica tem sido o principal fator de desenvolvimento do CCE, principalmente na pele pouco pigmentada. A radiação ultravioleta A e B tem a capacidade de ser oncogênica e localmente imunossupressora, diminuindo a capacidade local da vigilância imune. Certamente existem outros fatores envolvidos na etiologia dos casos não diretamente atribuíveis à radiação actínica (HARPEY et al., 2004).

Os felinos acometidos geralmente são expostos ao sol de maneira crônica, desenvolvendo então uma dermatite actínica em sítios expostos, como pavilhões auriculares, pálpebras, face e plano nasal. Inicialmente surge um eritema, o qual pode persistir durante meses ou anos e progredir lentamente como lesões hiperceratóticas, eritematosas e descamativas. É comum o aparecimento de crostas grossas e sangramento por traumatismo.

O aparecimento dos carcinomas tegumentares, oftálmicos e orais tem sido associado à inativação da proteina p53, pela radiação ultravioleta, ou por interação inibitória dos produtos oncogênicos (JONNES et al., 1998).

Em um estudo realizado por Snydder (2004), foi demonstrada a presença do gene p53 em 65% das amostras de carcinoma de células escamosas da boca. Demonstrou-se também que gatos expostos ao tabaco são 4,5% mais reativos ao gene p53 dos que os não expostos.

Entre os expostos ao tabaco, os com cinco anos ou mais de exposição eram sete vezes mais reativos. Esses resultados dão um apoio à relação entre o CCE e a exposição ao tabaco.

Já um estudo realizado por Bertone (2004) com 36 gatos com CCE oral relata que o uso de produto antipulgas e dieta eram significativamente associados com o risco de CCE oral. Gatos que usaram coleira tiveram cinco vezes mais risco que os que não usaram. Em contraste, os que usaram xampu tiveram o risco reduzido. Comparado a gatos que comem comida seca, os que comem a conservada aumentaram em três vezes o risco. A exposição ao tabaco aumenta em duas vezes o risco. Resultados desse estudo sugerem que produtos antipulgas, dieta e talvez a exposição ao tabaco possam estar associados com o risco de CCE oral.

Snydder (2004), ainda cita que gatos que vivem com fumantes podem ser expostos a mesma contaminação ambiental que seus proprietários, tanto por inalação quanto por ingestão oral durante sua auto-higienização. Como nos humanos foi encontrado nicotina na urina desses felinos.

Ferreira (2006) relata que não foi detectada uma associação da neoplasia com o vírus da leucemia felina, porém Scott (2001) cita que em um estudo 24% dos felinos que possuíam CCE eram positivos para vírus da imunodeficiência felina.

 

TRATAMENTO

O tratamento é cirúrgico com uma ampla margem de segurança.

Carcinoma Hepatocelular em Cães e Gatos

26. outubro, 2015|Patologias|Comentários desativados em Carcinoma Hepatocelular em Cães e Gatos

O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é um dos poucos tumores primários de fígado,sendo incomum a ocorrência em cães, raro em gatos, ocorrendo com maior freqüênciaem ovinos.

As consequências potenciais da disfunção e insuficiência hepáticas incluem colestase e icterícia, encefalopatia hepática, várias perturbações metabólicas, alterações vasculares e hemodinâmicas e fotossensibilização em herbívoros. O principal meio diagnóstico é o exame ultrasonográfico e sua melhor forma de tratamento é a remoção cirúrgica.

INTRODUÇÃO

Os carcinomas hepatocelulares (CHC) são os tumores primários de fígado mais comuns, seguido pelo colangiocarcinoma e pelos sarcomas. São neoplasias incomuns em cães, raros em gatos, ocorrendo com maior frequência em ruminantes,

principalmente ovinos (MACLACHLAN e CULLEN, 1998, ETTINGER e FELDMAN,(2004).

Altamente maligna, de crescimento invasivo e geralmente quando diagnosticado encontram-se em condições inoperáveis. A grande maioria dos tumores hepáticos em cães e outras espécies são secundárias, ou seja, metástases de tumores de outros órgãos (BATISTA, 2008).

As causas prováveis ou possíveis de CHC em animais incluem Aflatoxinas, Nitrosaminas, Aramite, Trematódeos Hepáticos (Clonorchis spp, Platynosomun concinrum) e compostos radioativos como estrôncio e césio (SCHUCH e GRECCO,

2006; BATISTA 2008).

A idade dos animais acometidos varia de sete a quinze anos, com média de dez anos (SCHUCH e GRECCO , 2006), sendo que os machos são mais suscetíveis ao desenvolvimento desta enfermidade (BIRCHARD e SHERDING, 2003).

Apesar de ser um tumor de crescimento exuberante e invasivo, cães com neoplasia hepática, geralmente apresentam sinais vagos de disfunção hepática, que frequentemente não se manifestam até os estágios mais avançados da doença (SCHUCH e GRECCO, 2006, BIRCHARD e SHERDING, 2003).

Ao exame físico é comum detectar uma massa abdominal cranial ou uma hepatomegalia evidente (BIRCHARD e SHERDING, 2003), dependendo da espécie e da evolução da doença, podem ocorrer anorexia, letargia, perda de peso, polidipsia,

poliúria, vômito e distensão abdominal (ETTINGER e FELDMEN, 2004).

Como conseqüência da disfunção e insuficiência hepática os animais podem apresentar colestase e icterícia, encefalopatia hepática, alterações metabólicas, vasculares e hemodinâmicas e fotossensibilização em herbívoros (CULLEN e POPP, 2002).

Alguns pacientes podem evoluir para ruptura espontânea do tumor, caracterizada por dor súbita no hipocôndrio direito de forte intensidade, seguida de choque hipovolêmico por sangramento intra-abdominal (INCA, 2008; BIRCHARD e SHERDING, 2003.

Conforme a literatura, a sobrevida é de seis meses a um ano mesmo com remoção cirúrgica do tumor. Devido às manifestações clínicas serem inespecíficas, os exames de imagem, laboratoriais e histopatológicos são de grande importância

na determinação do diagnóstico (TILLEY e SMITH, 2003; BATISTA, 2008).

A ultra-sonografia frequentemente revela alterações focais, multifocais ou difusas na ecogenicidade hepática. O carcinoma hepatocelular geralmente se assemelha a uma massa hiperecóica focal (BIRCHARD e SHERDING, 2003).

O diagnostico ocorre por meio da punção de conteúdo dos nódulos hepáticos, porém alguns cuidados devem ser tomados para não colocar em risco a vida do paciente, como perfuração de vasos causando hemorragias, perfuração da vesícula

biliar, pneumotórax, peritonite biliar, peritonite bacteriana. Para evitar estes riscos deve-se realizar a punção acompanhada de exames de imagem como a ultrassonografia (TOSTES e BANDARRA, 2000).

O diagnóstico definitivo requer a obtenção de amostras do fígado por biópsia eavaliação histopatológica.

Esta pode ser feita através de uma laparotomia, onde se tem uma grande e única massa tumoral, pois a excisão da massa pode ser feita simultaneamente. Já a biópsia guiada por ultra-som, é útil no diagnóstico de envolvimento hepático focal ou difuso, mas o pequeno tamanho da amostra pode dificultar a diferenciação entre as diferentes neoplasias, sendo geralmente necessária uma amostra obtida por biópsia em cunha durante a cirurgia (BIRCHARD e SHERDING, 2003).

Em pequenos animais, na maioria dos casos, nenhuma quimioterapia é efetiva para o tratamento do carcinoma hepatocelular. A remoção cirúrgica do lobo hepático acometido é o tratamento mais eficaz (BIRCHARD e SHERDING, 2003). No pós-operatório visa-se avaliar possíveis hemorragias através de acompanhamento ultrassonográfico, monitoramento da pressão arterial, reposição de fluidos ou mesmo de sangue se necessário, além do uso de antibióticos, analgésicos e antiinflamatórios

(BATISTA, 2008)

Teebo

26. outubro, 2015|Mural de Fotos dos Nossos Pets|Comentários desativados em Teebo

IMG_4245

Antonia

26. outubro, 2015|Mural de Fotos dos Nossos Pets|Comentários desativados em Antonia

IMG_4236

Toy

26. outubro, 2015|Mural de Fotos dos Nossos Pets|Comentários desativados em Toy

IMG_4231

Amely

22. outubro, 2015|Mural de Fotos dos Nossos Pets|Comentários desativados em Amely

IMG_4198

Calvin

22. outubro, 2015|Mural de Fotos dos Nossos Pets|Comentários desativados em Calvin

IMG_4201

Carcinoma Hepatocelular em cães

21. outubro, 2015|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em Carcinoma Hepatocelular em cães

Relato do Caso

Foi atendido no CENTRO MÉDICO VETERINÁRIO LIFE VET, um animal de espécie canina, idade 11 anos, fêmea, Bulldog Francês, onde o proprietário relatou tristeza, apatia, anorexia.

No exame clínico foram constatadas mucosas hipocoradas e sensibilidade abdominal a palpação.

Foram solicitados exames bioquímicos, hemograma e ultrassonografia.

Na ultrassonografia foi encontrada uma hepatomegalia, fígado com ecogenicidade elevada com áreas nodulares, sugerindo neoplasia. No baço moderada esplenomegalia. No rim direito, presença de nódulos, sugerindo neoplasia.

Por meio de punção guiada por ultrassom, foi realizada a coleta de material para biopsia do nódulo renal e citologia do nódulo hepático. No histopatológico do nódulo hepático, foi diagnosticado carcinoma hepatocelular. Na biopsia aspirativa do rim não foi possível conclusão.

Foi realizado exame tomográfico para avaliação geral do abdômen, novos exames bioquímicos, hemograma e tempo de coagulação. O animal foi submetido a intervenção cirúrgica, com a retirada do lobo hepático e do rim direito.


Excisão de Carcinoma Hepatocelular
Nefrectomia
Após seis horas de cirurgia
Após sete dias de cirurgia