Casos Cirúrgicos

SARCOMA EM GATO

21. fevereiro, 2016|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em SARCOMA EM GATO

 

RELATO DE CASO

Foi atendido no Centro Médico Veterinário Life Vet, um animal da espécie felina, raça srd, fêmea, de 14 anos, com aumento de volume em membro torácico esquerdo na região de úmero ate falanges.

Foi solicitado RX da região.

 

Laudo Radiográfico

 

MEMBRO TORÁCICO ESQUERDO

– Aumento de volume dos tecidos moles que se estende desde a articulação úmero rádio ulnar até as falanges, sem evidências de comprometimento ósseo adjacente. Preservação das demais estruturas ósseas e articulares em estudo.

– Não há evidências radiográficas de nódulos com características metastáticas dispersos pelo parênquima pulmonar.

 

EXAME CITOLÓGICO

 

MATERIAL:  Membro torácico esquerdo

MÉTODO DE COLETA: Punção aspirativa por agulha fina

CONCLUSÃO: Achados compatíveis com neoplasia maligna de origem mesenquimal: sugere fibrossarcoma pouco diferenciado ou fibro-histiocitoma maligno (tumor de células gigantes).

 

LAUDO HISTOPATOLÓGICO

Diagnóstico: Nódulos subcutâneos: Sarcoma de baixo grau

O animal foi submetido à amputação do membro torácico esquerdo.

 

LAUDO ANÁTOMO-PATOLÓGICO.

 

Avaliação Macroscópica

Encaminhado fragmento de membro anterior esquerdo medindo 16,0 X 4,0 X 3,0 cm apresentando em região caudal ao coxim (metatarso) aumento de volume medindo 3,0 X 3,0 X 2,0 cm. Ao corte observa-se aumento de volume que se estende até o músculo ventral da região de rádio ulna de superfície lobulada, coloração esbranquiçada, consistência macia e aspecto homogêneo*.

* Fragmento ósseo submetido ao processo de descalcificação.

 

Técnica Histológica

Hematoxilina & Eosina

 

Avaliação Microscópica

A análise microscópica do fragmento de aumento de volume em região caudal ao coxim (metatarso) de membro anterior esquerdo encaminhado revela na derme profunda e estendendo-se ate musculatura proliferação neoplásica de células fusiformes arranjadas em feixes multidirecionais, sustentadas por moderado estroma colagenoso por vezes contendo mucina em moderada quantidade. Essas células exibem citoplasma eosinofílico de contornos indefinidos, núcleo alongado a ovalado e um ou dois nucléolos evidentes. O pleomorfismo é moderado a elevado, e verifica-se moderada quantidade de células bi e multinucleadas, anisocitose e anisocariose acentuados. O índice mitótico é moderado a elevado com figuras de mitoses atípicas. A epiderme apresenta-se integra. Verifica-se no tecido ósseo adjacente áreas de reação periosteal; ausência de infiltração de células neoplásicas. As margens cirúrgicas apresentam-se livres de células neoplásicas.

Diagnóstico:

Membro anterior esquerdo: quadro morfológico compatível com Neoplasia maligna indiferenciada*.

 

 

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LIPOMA EM CÃES

14. fevereiro, 2016|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em LIPOMA EM CÃES

RELATO DE CASO

Foi atendido no Centro Médico Veterinário Life Vet, um animal da espécie canina, raça labrador, macho, de 12 anos, com quadro clínico de taquicardia, taquipnéia, mucosas pálidas, e intensa dilatação abdominal.

Foi realizado uma terapia de suporte para estabilizar o paciente, e coletado sangue para hemograma, urina 1 e bioquímica. Foi solicitado USG e RX abdominal.

 

Laudo Ultrassonográfico:

Fígado rechaçado cranialmente, contornos regulares, bordas finas, parênquima homogêneo e
ecogenicidade mantida. Arquitetura vascular com calibre e trajeto preservados. Vesícula
Biliar com paredes  finas e repleta por conteúdo anecogênico.
Baço de grandes dimensões, opcupando grande parte da cavidade abdominal, com contornos
irregulares e definidos, parênquima finamente grosseiro e ecogenicidade elevada – alteração
infiltrativa?.
Rins simétricos (RE= 8,08cm e o RD= 7,00cm), em topografia habitual, contornos regulares e
definidos com dimensões normais e ecogenicidade mantida. Relação de espessura córticomedular
preservada. Não há sinais de litíase ou hidronefrose.
Bexiga urinária com repleção adequada, paredes finas e conteúdo anecogênico. Não há sinais
de litíase.
Alças intestinais deslocadas dorsalmente, não sendo possivel sua adequada avaliação.

Obs.: devido à grandeza esplênica a adequada avaliação ultrassonográfica ficou prejudicada.

 

Laudo Radiográfico:

REGIÃO(ÕES): TÓRAX//ABDÔMEN 

Imagens radiográficas em projeção laterolateral (decúbito lateral direito)  demonstram:

– cavidade abdominal preenchida e distendida por conteúdo de radiopacidade água e aspecto
heterogêneo, as custas de áreas lineares em permeio, determinando importante

deslocamento cranial da silhueta hepática, cúpula e pilares diafragmáticos dorsocranial silhueta gástrica e dorsal de cólon descendente e alguns dos segmentos de alças intestinais,
compatível com a presença de líquido livre cavitário, não descartando-se a hipótese de
formação – a esclarecer.
– opacificação da porção dorsocaudal dos campos pulmonares,
– área homogênea de radiopacidade água junto à porção cranioventral da cavidade torácica,
podendo estar relacionado com aumento de linfonodo esternal,
– silhueta cardíaca dentro dos limites da normalidade radiográfica,
– lúmen e trajeto traqueal preservados,
– osteófito junto à porção caudal da cavidade glenóide e cabeça umeral.

Mediante o laudo ultrassonofráfico e radiológico o animal foi submetido a laparotomia exploratória, do qual foi retirada uma massa de 8,5 kg.

A massa foi enviada para exame anátomo-patológico.

 

LAUDO ANÁTOMO-PATOLÓGICO.

 

Avaliação Macroscópica

Encaminhado uma formação nodular de região abdominal de superfície lisa esbranquiçada a amarelada,medindo aproximadamente 30,0 x 25,0 x 15,0 cm; ao corte exibe superfície lobulosa esbranquiçada com múltiplas áreas avermelhadas a acastanhadas, de aspecto heterogêneo e untuoso e consistência macia.

 

Técnica Histológica

Hematoxilina & Eosina

Avaliação Microscópica

A análise microscópica da formação nodular encaminhada (região abdominal) revela proliferação neoplásica bem delimitada, não encapsulada, composta por adipócitos maduros sem atipias, com discreta variação do tamanho vacuolar, entremeados por raros lipoblastos típicos e um escasso estroma fibrovascular. Notam-se áreas multifocais, por vezes extensas, de edema intercelular, hemorragia e esteatonecrose. Ausência de outros tipos celulares nos fragmentos representados.

 

Diagnóstico:

Formação nodular, região abdominal: quadro morfológico compatível com Lipoma.

 

 

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Carcinoma de Células de Transição em Cães e Gatos

8. novembro, 2015|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em Carcinoma de Células de Transição em Cães e Gatos

RELATO DE CASO

 

Foi atendido no Centro Médico Veterinário Life Vet, um animal da espécie canina, raça pequinês, macho, de 13 anos, com quadro clínico de desidratação, mucosas pálidas, temperatura 37,9, bradicardia e bradipnéia.

Foi realizado uma terapia de suporte para estabilizar o paciente, e coletado sangue para hemograma, urina 1 e bioquímica. Foi solicitado USG abdominal.

No exame de urina foi encontrado grande quantidade de leucócitos e hemáceas.

 

Laudo Ultrassonográfico:

 

Fígado com dimensões normais, contornos regulares, bordas finas, parênquima  homogêneo e ecogenicidade reduzida – hepatopatia? toxemia?.  Arquitetura vascular  com calibre e trajeto

preservados. Vesícula Biliar com paredes finas e repleta por conteúdo anecogênico.
Rins simétricos (RE= 3,39cm e o RD= 3,97cm), em topografia habitual, contornos regulares e definidos, com dimensões normais e ecogenicidade mantida, com perda parcial da definição – senilidade? nefropatia?.

Relação de espessura córticomedular preservada. Não há sinais de litíase ou hidronefrose.
Bexiga urinária com repleção adequada, paredes finas e conteúdo anecogênico, com evidências de discreta quantidade de material ecogênico flutuante – celularidade. Em parede dorsal do pólo cranial, visibliza- se formação finamente grosseira, ecogênica,
com algumas mineralizações em permeio,  irregular, medindo cerca de 1,40cm x 1,1,15cm x  1,00cm, com evidências de discreta vascularização ao Doppler colorido – formação de origem a esclarecer.

Próstata em topografia habitual, simétrica, bilobada, contornos regulares e definidos,
parênquima finamente grosseiro, ecogenicidade mantida e dimensões aumentadas, com

cerca de 3,00cm (cr-cd) x 2,90cm (lt-lt) x 1,90cm (vt-ds) – prostatopatia.

Foi realizado um exame citológico com sonda uretral

 

EXAME CITOLÓGICO

 

MATERIAL: Sedimento urinário
MÉTODO DE COLETA: Sonda uretral
DESCRIÇÃO: O exame citológico revelou poucas células com núcleo e citoplasma arredondados dispostas em pequenos grupos e isoladas sugerindo origem epitelial.

Estas apresentavam discreto a moderado pleomorfismo, anisocitose e anisocariose, cromatina nuclear ligeiramente frouxa, poucos nucléolos evidentes, alta proporção núcleo:citoplasma e basofilia citoplasmática. Pequena quantidade de hemácias e núcleos livres  núcleos livres ao fundo da lâmina.
CONCLUSÃO: Achados compatíveis com neoplasia de origem epitelial: sugere pólipo vesical ou carcinoma bem diferenciado.

Após os exames o animal foi submetido primeiramente a orquiectomia com a finalidade de redução da prostatopatia.

Três semanas após foi realizada a cirurgia de bexiga para a retirada do nódulo existente. Foi realizado biópsia transcirúrgica e o laudo apresentado foi de quadro morfológico compatível com CARCINOMA DE CÉLULAS DE TRANSIÇÃO. As margens cirúrgicas encontravam-se livres de células neoplásicas, notou-se, porém invasão da camada muscular abaixo do nódulo.

O material foi enviado para anátomo patológico sendo confirmado o diagnóstico de carcinoma de células de transição.

 

 

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Carcinoma de Células Escamosas em Cães e Gatos

27. outubro, 2015|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em Carcinoma de Células Escamosas em Cães e Gatos

RELATO DE CASO

 

Foi atendido no CENTRO MÉDICO VETERINÁRIO LIFE VET, um animal da espécie felina, com 13 anos, fêmea, raça persa,com aumento de volume em mandíbula ramo direito, apresentado apatia, anorexia, emagrecimento e dor no local. Ao exame clínico foram constatados aumento de volume na região de mandíbula e nódulos na gengiva.

Foram solicitados exames bioquímicos, hemograma, Rx e tomografia.

Na Tomografia foi encontrada formação em tecidos moles, de densidade mista e com ,presença de áreas de mineralização em permeio, realce heterogêneo ao meio de contraste, limites parcialmente definidos, localizada na face lingual do corpo mandibular direito, promovendo lise óssea e discreta reação proliferativa do mesmo. Tal formação estende-se desde a raiz do canino inferior direito até o terço caudal do corpo mandibular correspondente medindo aproximadamente 3,6 cm X 1,8 cm x 1,0 cm em seus maiores eixos.

Reabsorção – lise do terceiro e quarto premolares inferiores direito.

Por meio de punção aspirativa com agulha fina foi realizada a citologia do ramo da mandíbula direita sendo encontrados achados compatíveis com neoplasia de origem epitelial: carcinoma de células escamosas associado à inflamação séptica.

Após exames complementares o animal foi submetido á mandibulectomia do ramo direito.

A mandíbula após retirada foi enviada para biópsia como resultado:

 

Avaliação Microscópica

 

A) A análise microscópica do fragmento de formação mandibular revela múltiplos ninhos trabeculares sólidos com alta celularidade, composto de células neoplásicas epiteliais escamosas, por vezes contendo queratinização central.

As células apresentam moderado pleomorfismo celular com discretas anisocitose e anisocariose. Possuem abundante citoplasma eosinofílico, com limites definidos, quando com aspecto acantolítico. Os núcleos são redondos a poligonais, basofílicos, com aspecto granular e exibindo um ou dois nucléolos evidentes. O índice mitótico é elevado com figuras de mitoses atípicas. As margens cirúrgicas de partes moles apresentam-se livres de células neoplásicas.

Após o processo de descalcificação verificam-se múltiplos focos de invasão ao tecido ósseo e medular por parte das células neoplásicas, com sequestro ósseo e moderada reação periostal.

B) A análise microscópica do fragmento de glândula salivar revela estrutura morfológica preservada e livre de alterações patológicas dignas de nota.

C) A análise microscópica do fragmento de linfonodo revela estrutura morfológica preservada e livre de alterações patológicas dignas de nota.

 

Diagnóstico

 

A) Mandíbula: quadro morfológico compatível com Carcinoma de células escamosas.

B) Glândula salivar: quadro morfológico livre de alterações patológicas apreciáveis.

C) Linfonodo: quadro morfológico livre de alterações patológicas apreciáveis.

 

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Carcinoma Hepatocelular em cães

21. outubro, 2015|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em Carcinoma Hepatocelular em cães

Relato do Caso

Foi atendido no CENTRO MÉDICO VETERINÁRIO LIFE VET, um animal de espécie canina, idade 11 anos, fêmea, Bulldog Francês, onde o proprietário relatou tristeza, apatia, anorexia.

No exame clínico foram constatadas mucosas hipocoradas e sensibilidade abdominal a palpação.

Foram solicitados exames bioquímicos, hemograma e ultrassonografia.

Na ultrassonografia foi encontrada uma hepatomegalia, fígado com ecogenicidade elevada com áreas nodulares, sugerindo neoplasia. No baço moderada esplenomegalia. No rim direito, presença de nódulos, sugerindo neoplasia.

Por meio de punção guiada por ultrassom, foi realizada a coleta de material para biopsia do nódulo renal e citologia do nódulo hepático. No histopatológico do nódulo hepático, foi diagnosticado carcinoma hepatocelular. Na biopsia aspirativa do rim não foi possível conclusão.

Foi realizado exame tomográfico para avaliação geral do abdômen, novos exames bioquímicos, hemograma e tempo de coagulação. O animal foi submetido a intervenção cirúrgica, com a retirada do lobo hepático e do rim direito.


Excisão de Carcinoma Hepatocelular
Nefrectomia
Após seis horas de cirurgia
Após sete dias de cirurgia

Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial

18. outubro, 2015|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial

Animal da espécie canina, raça Golden Retriever, idade 2 anos após trauma (sofreu queda) e como consequência, uma ruptura de ligamento cruzado cranial. O tratamento é cirúrgico.

Inicialmente, abertura de pele e deslocamento da patela com incisão parapatelar da facia e cápsula articular, com a finalidade de visualizar a articulação fêmur tíbia patelar e o ligamento rompido (fig. 01 e 02).  Foi inspecionada a articulação e retirado o fragmento do ligamento cruzado rompido. Após, a patela foi novamente recolocada em sua posição normal, e realizado reconstituição da fácia e cápsula (fig. 3 e 4) .  A crista da tíbia foi perfurada para a passagem do fio. Foi passado um fio de nylon forte (em forma de oito) por trás da fabela através da  perfuração realizada na crista. Por fim foi realizada sutura do subcutâneo e da pele.

Excisão de Nódulo de Pele e Pinta

30. novembro, 2012|Casos Cirúrgicos|Comentários desativados em Excisão de Nódulo de Pele e Pinta

Cão da raça Schnauzer, idade 13 anos.

Animal apresentava um nódulo de aproximadamente 0,5 cm e uma pinta de 1,0 cm. Foi indicado cirurgia e histopatológico após a excisão. Foram realizados todos exames pré cirúrgicos (hemograma, bioquímica, ecg, eco) e com os resultados satisfatórios o animal foi liberado para a cirurgia. A anestesia empregada foi volátil. Na técnica cirúrgica, para a retirada do nódulo e da pinta,  foi dado uma margem de segurança (1,5 cm) pois havia uma suspeita clínica de ser um processo maligno.

 

Resultado do Histopatológico: Displasia fibroanexial e Melanocitoma dérmico

 

Melanocitoma dérmico

 

Displasia fibroanexial