9. maio, 2013|Patologias|Comentários desativados em CETOACIDOSE DIABÉTICA EM CÃES E GATOS

CETOACIDOSE DIABÉTICA

A cetoacidose diabética é uma complicação séria do diabete melito e ocorre com maior freqüência em animais cujo diabete não foi diagnosticado, sendo menos comum em cães e gatos tratados que estejam recebendo doses inadequadas de insulina, em geral ocorrendo associada a distúrbios inflamatórios, infecciosos ou causadores de resistência à insulina. Os sinais clínicos clássicos do diabete sem complicação (poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso) se desenvolvem no início, mas ou o proprietário não percebe ou os considera sem importância. Os sinais clínicos sistêmicos (letargia, anorexia, vômitos) surgem à medida que cetonemia e acidose metabólica aparecem ou pioram, com a gravidade dos sinais clínicos tendo relação direta com a acidose metabólica e a natureza dos distúrbios em geral coexistente (ex: pancreatite, infecção). O tempo decorrido entre o aparecimento dos sinais clínicos iniciais do diabete melito e o desenvolvimento dos sinais sistêmicos de cetoacidose diabética é imprevisível, podendo variar de dias a mais de 6 meses. Uma vez que a cetoacidose diabética começa a desenvolver-se, o distúrbio acentuado se evidencia no decorrer de 1 a 7 dias.

Os achados mais comuns incluem desidratação, depressão, fraqueza, taquipneia, vômitos e às vezes hálito forte de acetona. Quando a acidose metabólica se torna mais acentuada, os animais apresentam respiração profunda e vagarosa. Sinais gastrointestinais, como vômito, dor e distensão abdominal são comuns, devendo ser diferenciados de pancreatite, peritonite ou outros distúrbios abdominais. Na cetoacidose diabética, o vômito e a dor abdominal costumam ter início agudo, aparecendo assim que o diabete melito esteja bem estabelecido, enquanto que dor abdominal ou vômito intermitente deve levar a suspeita de outro problema abdominal, principalmente pancreatite crônica.

DIAGNÓSTICO

Para se confirmar o diagnóstico de diabete melito, o animal deve apresentar os sinais clínicos de poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso, além de se ter a comprovação de hiperglicemia de jejum e glicosúria persistentes. A presença concomitante de cetonúria estabelece o diagnóstico de cetoacidose.

TRATAMENTO

O tratamento de cães e gatos com cetoacidose diabética deve ser estabelecido pelo Médico Veterinário, que vai instituir a terapêutica de acordo com o caso. Podemos ter cetoacidose diabética de cães e gatos saudáveis que são tratados com insulina ou cães e gatos doentes que devem ser tratados com insulina, terapia com líquidos, bicarbonato, tratamento auxiliar na ocorrência de infecções concomitantes e monitoração do animal.